sexta-feira, 9 de abril de 2010

Há coisas neste mundo – apelidado por alguns de louco, por outros de cruel e por outros de uma grande pasmaceira – que, sinceramente, me metem medo.
Causam mesmo pavor.
Até aqui neste cantinho dos céus que escolhi para viver, pacata, sossegada e saloia sem destoar muito dos outros.
Pois esta temática de hoje prende-se com algo que me aconteceu um dia destes.
Há coisas que acontecem e que parecem sinais divinos.
Outras parecem karma.
E outras maldição.
Habitualmente, enquanto não me chega a mostarda ao nariz, sou uma moça calminha e educada.
Quando começo a sentir a mostarda a picar-me a ponta do nariz, lá saio com umas respostas a raiar o sarcástico mas, helás!, sou uma incompreendida.
E, muito raramente, entra-me a mostarda toda em catadupa pelas narinas adentro, salta-me a tampa e descobrem – os outros claro! – a penicheira que tenho cá dentro. (Sempre foram 3 anos!)
Bem, neste caso específico, portei-me como um ratinho, confesso.
Não a início, é óbvio, mas quando o cagaço começou a tomar conta da situação de forma inequivocamente óbvia.
A personagem principal é uma coisa que vem aos pares e que, volta e meia, faz desta cidade o seu campo de batalha.
Ou seja, faz um bocadinho de sol – não muito, porém – e a porra das velhas anda na rua!
Ora como eu também ando na rua, e por todo o lado – literalmente, ando quilómetros nesta cidade, e divirto-me imenso, ao ponto de ver o ponto de partida, o ponto de chegada, e escolher o caminho mais longo para lá, só porque gosto de andar – e acabei por me cruzar com as ditas senhoras.
A primeira vez fui muito educada. Cruzei-me com elas mais ou menos na zona da florista, eu a subir a rua, elas a descer, quando fui beber café ao meu cantinho mágico.
A segunda vez fui também muito educada. Estavam sentadas num muro ao lado da entrada para a creche ao lado da escola, e eu vinha a subir a rua.
A terceira vez não falei com elas – via-as mais à frente da rua da casa da cameleira quando elas estavam a entrar para a loja do chaominfan.
Depois, incautamente, abri-lhes a porta.
Digo incautamente, que eram 2h30m, e eu estava à espera da A., para a explicação do Inglês.
E que chegou logo a seguir, graças aos céus, ou lá teria de convidar as senhoras para um chazinho estimulante, que é do que há cá em casa.
Finalmente, noutro dia, a situação fulcral: tocaram à campainha cá em baixo, e eu fui atender, que estava à espera do meu irmão para irmos andar de bicicleta à tarde.
E foi neste momento – juro!! – precisamente nesse momento que o medo me invadiu!
Elas sabiam o meu nome!
Caray!!!
“Olá, marta! Estivemos a falar consigo no outro dia e deixámos uma revistinha. Quer falar connosco agora?”
“Hum… não me dá muito jeito, estou à espera do meu irmão…” (eu sou incapaz de mentir, caray, raio de certinha que sou!!)
“Ah, está bem, mas está interessada em que voltemos?”
“Hum…” – murmuro, já a tentar fugir inconscientemente – “nem por isso…”
“Então deixamos-lhe uma revistinha na caixa do correiro!”
“Ok. Obrigada!”

É que nem tive coragem para a porra do “Ó, desculpe, é que eu afinal sou satânica e faço adoração ao Noddy!”

Elas sabiam o meu nome, que porra!



1 comentário:

Ginger disse...

Seita de um raio essa gente!! Apre! Chatos pá!

Anyways...

-> http://www.youtube.com/watch?v=_E2OTs_QS90


eh eh eh

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