segunda-feira, 7 de junho de 2010

O Grande Tralho.

Tipo aquele tralho mesmo lixadinho que pode, em muitas ocasiões, vir f... lixar-nos a vidinha.
Acontece a muito boa gente.
Acontece muitas vezes a muito boa gente.

É o tipo de tralho que acontece naqueles dias em que vamos muito bem de bicicleta, depois de nos termos andado a gabar à boca cheia de que o que gostamos é de poças de lama e de estradas com pedras, e que nunca caímos a sério.

O percurso começa mal, claro.
Depois de uma data de semanas sem meter a traseira em cima do selim, dou conta que estes está alto demais - coisa que dificulta o pouco equilíbrio que ainda possuo... - e que ao fim de uma subidita de alcatrão de nada já estou com uma vontade parva de parar para beber água.

Prontes, podia ter ficado por aí.

Um bocado de alcatrão, cascalho, areia e coclovia mais à frente, paragem para gelado e mimimi e que bem que está a praia, já cá não metia os pés desde sei lá quando e um quase choque de frente com um puto de para aí uns 11 anos com outra bicicleta e uma noção de controlo e equilíbrio tão boas como as minhas.
Adiante...

Mais areia, umas pocitas sim senhor, que o tempo até tem estado para o seco, e eis que se dá o maldito tralho.

Ora atentem, caros leitores!
Tufo de erva, por mais seguro, sólido, atractivo e fofinho que pareça, não é um bom sítio para se meter o pé.
Muito menos quando estamos agarrados a uma bicicleta pela metade esquerda do nosso corpo, e no lado direito se apresenta uma ribanceira que vai até lá abaixo à praia.
Pronto, lá está o tufo, sossegado da vida, lá vai a marta seduzida por ele, e mete o pé em cima.
Resultado: enrolei-me toda (sim, porque há que cair em segurança!), pensei "Pah, isto até é fofinho!", oiço um aflito "Ai a senhora!" (senhora... grrrrrr!!!) das três almas perdidas que podiam estar no shopping mais próximo mas não estavam, estavam ali a testemunhar esta desgraceira! e, last but not least, quando dou por ela... sim, estava com as pernas para o ar!
Como os escaravelhos!!
HUMILHANTE!!!

E o pior de tudo é que foi à frente de um rapaz giro!

(mas mesmo mesmo giro! não estão bem a ver a coisa!)

Balanço da coisa: tirando o momento humilhante, digo, OS momentos humilhantes, foi um percurso novo, diferente, tem um bocado de areia, a ciclovia é gira mas às tantas é certinha demais, e os caminhos no pinhal e no eucaliptal são muito fixes, ainda mais porque me lembro do cheiro e do marulhar quando acampava ali em miúda, ainda não sinto bem o traseiro e tenho mesmo de baixar o selim. Definitivamente!

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