Eu era uma pessoa traumatizada com dentistas.
Em miúda, os dentes da frente cairam normalmente, mas os detrás não estavam para aí virados.
Na altura, não tínhamos a sorte do meu sobrinho, que há 3 anos foi adormecido, e quando acordou tinha 11 dentes a menos e ordens para comer gelados à descrição.
Na minha altura, não.
O dentista olhava para aquilo, pensava e pensava mais.
Resultado: inflamação.
Como é que o senhor achou por bem resolver aquilo?
Com uma seringa espetada mesmo no meio de uma gengiva inflamada.
Se eu soubesse deitar pragas, tinha-lhe deitado uma!! Sacana do homem!
Depois, foi só tirar dentes, sem mandar fazer uma radiografia.
Resultado: saiu fora um dente bom e sem substituto!
Claro que assim que ganhei juizo, deixei de lá ir!
Em adulta, finalmente encontrei um dentista que me devolveu a confiança!
(isto parece que já está a descambar para a vida amorosa de uma pessoa, credo!)
A primeira coisa que ele me disse - lembro-me tão bem! - e que me fez logo sentir segura nas suas mãos foi:
"Além de dentista de pessoas, sou também dentista de animais, e acabei de vir de uma quinta ali em Vila Nova da Raínha, onde estive a atender cavalos!"
"Além de dentista de pessoas, sou também dentista de animais, e acabei de vir de uma quinta ali em Vila Nova da Raínha, onde estive a atender cavalos!"
Hoje em dia, espero ansiosa as visitas ao dentista - e a daqui de Espanha é toda despachada! ~ para me divertir com as proezas que consigo alcançar com os maxilares anestesiados: isto é uma vez um, outra vez outro, uma paródia!
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