De referir que isto se está a pegar pela via familiar mais próxima.
Aqui a menina do blog era cachopa para ir à catequese. Lá andou tudo certinho, Primeira Comunhão, Profissão de Fé, Crisma e tudo e tudo e tudo.
A menina do blog, em catraia, ia à festa do estabelecimento de trabalho de mamãe, um lar de idosos, o que era muito giro porque 1º, os gajos tinham sempre histórias esgrouviadas para contar, 2º, porque os filhos das outras funcionárias também lá estavam, e era mais divertido irmos quatro ou cinco explorar o sótão sem luz do que ir só um ou dois, além de que nos podíamos encher de porcarias que, na altura, eram croquetes, rissóis de camarão, mousse de chocolate e o bolo da festa! E batata frita de pacote! E laranjada!
É claro que a coisa tinha um aspecto negativo.
Também lá estava o Padre Horácio.
O Padre Horácio era conhecido por ser o padre da vila/cidade, por estar em todo o lado, por ter vários afilhados, filhos de empregadas, para os quais estava sempre a ajudar para as mansões que construíam, por andar sempre a pedir para as obras da Igreja da Graça e aquilo nunca mais estar em obras... e por estalar os dedos a todas as little criancinhas que visse à frente.
Não fazia excepões nas festas, nem à frente das mães.
Ora, tal como os dentistas, os padres deixaram-me, vá, um bocado traumatizada.
Ora agora no outro dia, para tratar de marcar a data com o padre do lugar onde vamos juntar os trapinhos (felizmente, o Padre Horácio já está reformado...), tivemos de procurar o Cartório, e ir falar com uma senhora cujo nome tínhamos apontado num papelito.
Nem eu nem o Puto sabíamos onde era o Cartório do sítio, vai daí, entrámos numa porta ao calhas, de onde apareceu depois uma velha com uma vassoura, o que pareceu de imediato um bom augúrio!
"Boa tarde! É aqui o Cartório?"
"Não, não, aqui é a Sala da Ressurreição!"
(ops... mas resuscitam o pessoal aqui, é?)
Pronto, a gente não queria resuscitar ninguém, e deu a volta para onde veio.
Lá marcámos a data, o que foi uma grande dificuldade para a senhora do papelinho, porque ainda não tinha a agenda do ano que vem, falámos com o senhor que nos vai dar o discurso e que, claro, achou por bem começar logo ali.
É preciso tratar de um tal Processo Canónico, gentilmente apelidado, depois da história da Sala da Ressurreição de "Canonização", o que acaba por ter muita lógica porque, afinal de contas, vou ser mesmo canonizada na ocasião.
Mas ainda vão ser uns longos meses de piadolas à conta disto...
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