quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Nos anos 90 não havia Justin Bieber.

No liceu onde eu andava, regra geral, o mundo estava dividido entre betos e não-betos.

Os betos eram uma espécie de amostra da série Beverly Hills, na parte das poupas e das farpelas à maneira, mas não tanto, porque não havia o batalhão de maquilhadores atrás para encher de base uma borbulha repentina, ou avisar que o batom vermelho tinha esborratado os dentes.

Não sei o que era pior, sinceramente.

Mas nos anos 90 conseguíamos distinguir entre os que eram rapazes e as que eram raparigas, e agora confesso que, às vezes, tenho alguma dificuldade...

Para as nossas mãe também era um sossego, uma vez que a mesma mochila dava para mais de um ano, não precisava de ser de marca, e se tivesse aspecto de ter feito os Estados Unidos de costa a costa, cheia de rabiscos a marcador preto e autocolantes, mais cool!

As fotografias nos cadernos eram mais limitadas, tirando um ano em que fizeram uns muito giros (e mais caros...) com os anúncios dos anos 50 da Coca-Cola, e perfeitamente acessíveis, até ao dia em que me lembrei que era muito mais giro (e depois percebi que consideravelmente mais barato!) comprar cadernos de capa preta e decorá-los eu própria.

Devo ter sido a única pessoa a ter sido possuidora de cadernos com mapas, reportagens de viagens e recortes de fotografias do Rudolph Valentino, caray...



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