quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A crise faz as pessoas demonstrarem os seus verdadeiros valores.

Ou seja, que anda meio mundo a tentar enganar o outro meio.

Se há coisa que me dá cabo dos nervos é querer trabalhar e andarem cá a cortar-me as pernas.

Ele é "Ah e tal, agora os alunos querem um professor nativo", "Ah e tal, agora querem antes um que fale espanhol com eles".

Senhores, uma pessoa gosta do trabalho que faz, mas gosta também de uma dose mínima de estabilidade e, assim, não dá!

Esta pessoa tem pavio curto!

Vai daí, volta a mandar curriculos para todo o lado, a ver se há alguém que queira uma trabalhadora modesta, pouco exigente, mas fiável.

Ora aprendam aqui com esta que vos escreve: quando vos chamam para uma entrevista logo no dia seguinte, ele é coisa que traz água no bico!

"Ah e tal, é para vir para uma entrevista para a empresa Xpto, que é do estado!"

Wow!! Pode??

Lá fui eu, toda contente!

Afinal, a "entrevista para a empresa Xpto do estado" de que me falaram ao telefone traduz-se em:

"empresa de cursos que sabe que o Estado vai abrir um concurso para um certo departamento, em Fevereiro, e que faz testes de admissão, e que, por esse motivo, tem para oferecer - a empresa de cursos, claro - um fabuloso curso - pago e bem pago! - de preparação para o tal exame. E nem sequer garantem, depois de lá gastarmos uma pipa de massa que, realmente, conseguimos o emprego. Em Fevereiro!"

Acho que eles não devem ter bem noção de que, quando uma pessoa envia curriculos, é com o objectivo de encontrar um emprego que lhes dê um ordenado ao fim do mês, não é propriamente para andar a estourar dinheiro em cursos que não lembram nem ao diabo e, se eu tivesse realmente esse dinheiro todo que pedem, primeiro metia para a PPM (poupança para o matrimónio... até já tem nome...), ou então tiirava um curso que me interessasse, de facto.

É que já dá vontade de mandar esta gente ir dar banho ao cão...


1 comentário:

Julie D´aiglemont disse...

Mandar dar banho ao cão, porque és educada. Eu, que sou carroceira, mandá-los-ia para a puta que os paiu, cabrões de merda!