Diz a minha experiência
pessoal que os amores de Verão são uma frustração.
Há que ser honesta: na
adolescência, não fui nenhuma ninfa (acho que nem agora sou, mas aqui a metade
da laranja sofre da opinião contrária, e não há nada a fazer, senão babar-me e largar
um sorriso parvo...), sou cachopa possuidora de óculos, cabelo temperamental
(no sentido não tão positivo da coisa) e tímida que nem um ouriço cacheiro,
pelo que, amores de Verão, na adolescencia, zero.
Quando tinha para aí uns
20 anos, menina estudante em Lisboa, calhava de apanhar aos Domingos o combóio
da terrinha em direcção à metrópole, e foi aí que, fresca e fofa, encontrei um
tropa.
Ora, na altura, aqui a
moça até achou graça à farda, pelo que a evidência de ele ser mais baixo do que
eu não bateu à primeira. O pedir pão para rapar o molho chop soy num
restaurante chinês à beira da praia de Cascais já deu o tique na sobrancelha,
mas enfim, donzelas frescas, fazer o quê.
Ora este “pseudo-Amor de
Verão” deu numa noite de feira com carrocéis e farturas (pontos a favor do
rapaz) e a revelação do seu gosto musical a tender para a Céline Dion e o
Michael Bolton (pontos contra...), que terminou, precisamente, debaixo de um
candeeiro no centro da cidade com um beijaço de sabor a morango.
Claro que, dias mais
tarde, o rapaz resolveu convidar-me para a casa dele, informando que tinha
despachado a mãe (não no sentido Correio da Manhã da coisa), e ganhou um par de
patins, visto que, apesar de ser fresquinha, estava já a ver o filme todo, e
não estava para aí virada.
FIM!
(PS1: os Amores de Verão
dos livros não são tão salseiros, fica uma donzela mais descansada.
PS2: Com licença, vou ali
compor as coisas com a metade da laranja, que não sabia ainda desta história, e
agora tem de ser compensado.....)
2 comentários:
Querida Marta, não deixa de ser uma história de amor de Verão, fugaz, como devem ser todas! :)
Ahahah, mas que bela descrição desse "fugaz" amor de verão.
Bolas, que até rimou.
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