segunda-feira, 24 de junho de 2019

Rúbrica "Marta, larga os mortos" #56465746...

França Borges - Sobral de Monte Agraço

Coloco esta pequena pesquisa aqui disponível a quem possa interessar. Se há alguma página específica de informação genealógica do Sobral de Monte Agraço, terei também todo o gosto em partilhar. Tenho as certidões em pdf e posso enviar. Agradeço qualquer informação que possam acrescentar.

Comecei a pesquisa neste ramo da família França por Dona Cândida da Conceição França Borges, madrinha física de Dona Maria França. Digo isto porque, de acordo com a sua certidão de Baptismo, a Madrinha foi Dona Maria Clementina Alves Estrela, viúva , moradora em Lisboa e ocasionalmente na Villa de Collares, representada por procuração por Dona Cândida, residente no Sobral e sua tia paterna.
Não sei se terá residido eventualmente com a Madrinha, uma ou outra, em alguma fase da sua vida, calculo que em alguns periodos, aquando do falecimento da sua mãe, para ter um modelo feminino, ou após o falecimento do pai, por se encontrar sozinha, já que não se encontra qualquer registo de que tenha casado ou tenha tido filhos (pela informação que tenho, em 1916 tinha 37 anos e era ainda solteira, regressando em a 24 de Julho de 1919 da França, onde esteve ao serviço do CEP).
Dona Cândida da Conceição França (Borges) nasceu na freguesia de São Salvador do Mundo, no Sobral de Monte Agraço, a 22 de Agosto de 1837. Casou em Lisboa, na freguesia de São Sebastião da Pedreira, Lisboa, a 15 de Fevereiro de 1868 com António Ribeiro Borges, logista e proprietário no Sobral, que nasceu a 17 de Novembro de 1815 na freguesia de Meda dos Mouros, Tábua, Distrito de Coimbra e faleceu no Sobral em 3 de Março de 1896 com 80 anos. Era 20 anos mais velho que a esposa e casaram, ela com 30 anos e ele com mais de 50, sendo já viúvo de uma senhora Dona Maria Amália da Conceição, falecida também no Sobral.
Em 14 de Maio de1880, data de baptismo de Dona Maria França, residia no Sobral.
António Ribeiro Borges era filho de José Borges e de Josefa Ribeiro, de Meda dos Mouros, neto paterno de Manoel Borges e de Maria Nunes, de Passados de Mouronho, creio, e materno de José Ribeiro de Pereira e de Ritta Maria de Mouronho.
Dona Cândida era filha de José Christóvão França, médico-cirurgião, da freguesia de Senhora das Dores de Rabaçal, Coimbra e de Dona Marianna de Jesus Dias França, casados a 24 de Novembro de 1836 na freguesia de São Lourenço de Carnide, Lisboa, e irmã de, pelo menos, Dona Isabel Maria da Conceição França e do Dr Inácio França, nascido no Sobral a 18 de Outubro de 1848 e pai de Dona Maria França e do Dr Carlos França.
Dona Cândida era neta paterna de João Cristóvão e Joanna Victória e materna de José Dias da Silva e de Anna de Jesus, do Sobral. Encontrei também como filho deste último casal, tio de Dona Cândida, José Egídio Dias.
Foi mãe de António Victorino França Borges, escritor, jornalista, repúblicano e maçon, fundador do jornal “O Mundo” em 1890, que dirigiu até à data da sua morte, nascido no Sobral em 10 de Janeiro de 1871 e falecido de tuberculose num sanatório em Davos-Platz, na Suiça, em 5 de Novembro de 1915, sendo sepultado no Cemitério do Alto de São João a 19 de Novembro de 1915. Foram padrinhos de baptismo de António Victorino o avô materno, José Chistóvão França e a tia materna, Dona Isabel Maria da Conceição França. Como não deixou herdeiros, pelo que encontrei na net, a casa de seus pais, que herdara, passou para o seu irmão José Cristóvão França Borges, comerciante no Sobral, que foi pai, por mãe ou mães incógnitas (ainda não consegui descortinar, embora tenha lido que registou estes dois filhos na Câmara do Sobral em 28 de Setembro de 1910, uma semana antes da revolução do 5 de Outubro) de José Cândido França Borges, nascido em Lisboa em 1902, e de António Victorino França Borges, nascido em Lisboa em 8 de Maio de 1901 e falecido em Lisboa em 1989, militar e político, que foi Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras entre 1932 e 1934, Governador da Madeira em 1958, e Presidente da Câmara Municipal de Lisboa entre 1959 e 1970, sendo, ao contrário do seu tio paterno, de quem foi herdeiro de bens e do nome, apoiante do regime ditatorial.
Se alguém puder acrescentar mais informação, agradeço!




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