Era uma vez o senhor Manolo.
O senhor Manolo era um senhor reformado, pacato e ensimesmado, que gostava de levar o Pitufo lá de casa a dar a sua cagadela diária num jardinzito perto de casa de manhã cedo, quando ia buscar o pão, a meio da manhã, quando ia medir a tensão à farmácia, e à noitinha, quando já não podia ouvia a mulher.
O senhor Manolo não era como o seu vizinho, o Senhor Paco, que se empestava todos os dias de Old Spice.
Não, o senhor Manolo gostava de dar uso a todas as latas de spray que lá tinha em casa.
Volta e meia, lá se aspergia vigorosamente com a laca da Doña Lupe.
Muitas vezes, era o spay para os pés mal-cheirosos.
Outras vezes, e esse era o seu aroma preferido, o Pronto dos móveis.
Nos dias de fiesta, o spray para os maus cheiros da casa de banho, aroma floresta ou, quando estava mais desanimado, marinho, que lhe lembrava umas férias em Isla Cristina.
Hoje, porém, deu-lhe para ser rebelde!
Despejou meia lata de Mafu em cima e saiu para a rua, deixando um rasto cheiroso atrás dele, que se espalhou pela calle toda até lá ao fundo!
Sacana do velho, pah!!
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