sexta-feira, 6 de abril de 2012

Este botão é para quê? - a aplicação prática e o que não deve fazer o consumidor.

Ora o trabalho está mais animadito, em termos gerais, agora que me deixam falar com os clientes e explicar aquelas coisas maravilhosas do tipo "Onde é que está que é para mandar o reboque", "Se acenderam as luzes anti-poluição é porque o carro detectou emissão de gases e deve levá-lo à assistência, porque pode estar um filtro ou a válvula de emissão de gases entupida. Não, senhor, não é esse tipo de gases. Para este caso, aconselho a abertura das janelas. Sim, todas." ou até mesmo um "Não, minha senhora, daqui não é o IMI."

Uma das coisas a que chegamos logo à conclusão, é que, ali, há coisas que são uma grande aldrabice: começam logo a abrir a dizer que trabalhamos numas Torres Brancas, e a gente fica assim um bocado pasmados a ver qual será o mistério da história.

O mistério, afinal, foi falta de guito nos anos 60, até porque era mais fixe estourá-lo em ganza e outras droguinhas, do que propriamente noutra torre e numa camadona de mármore branco.

Resultado: em vez de termos duas maravilhosas e brilhantes Torres Brancas no centro de Madrid, temos, na prática, só uma das torres que, afinal de contas, é um mamarracho cinzento, porque nem sequer se deram ao trabalho de caiar aquilo...

Aproveito a ocasião para vos solicitar, caros leitores, que não andem a carregar nos botões da vossa viatura cujas funções ignorem, porque há situações em que, estando uma pessoa muito sossegadinha no seu trabalho (moi même...), ouve-se uma sirene de alarme nuclear pelo escritório fora, que provoca assim a modos que pequenos ataquezitos de coração, especialmente aos novatos (moi même, novamente...), ao que invariavelmente, a resposta, quando contactamos a pessoa, é "Ah, carreguei num botão? Olhe, nem reparei! E este botão é para quê, afinal?"...


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