quarta-feira, 21 de agosto de 2013

De como o crime, afinal, até compensa.

Hoje, finalmente, comecei o horário das pessoas normais, não assim tão normais, com fins de semana, ou como a colega dos calções a ver o rêgo que anda meio enrolada com um ou os dois supervisores e que tem mais fins de semana que toda a gente e faz 1 hora e meia de almoço enquanto os comuns mortais fazem 1h, mas com aquela coisa fixe de sair ainda de dia, de poder sair do trabalho e ir à mercearia e fazer o jantar do Puto cá de casa, coisa com que me divirto bastante.

Hoje resolvi passar, tranquilamente, ali pelo mini-preço da rua de cima, com ideias de vir a descer a rua pela sombra das árvores e a levar com o pitróil dos carros, que isto é província, mas também é Lisboa.

Estava eu lá muito bem, a aproveitar que o Puto não estava nos próximos quilómetros de distância, para espreitar as qualidades e as atracções dos gelados da montra do frigorífico, a pensar com qual/quais me havia de alambazar, quando oiço um

"Pst, pst,... ó menina..."

(Ó, meu deus, "menina!" Gosto tanto que me chamem de "menina" quando já sou uma trintona!)

"Pode chamar a funcionária aqui à Padaria?"

(Não, eu não pensei essas coisas! Suas mentes perversas!)

Afinal, o senhor tinha ido à Padaria levar não sei o quê, e uma das meninas, sem saber que ele estava lá dentro, trancou-o. Sair, ou pela porta, que estava trancada, ou pelo balcão, que era alto, e eu não me aventuraria.

Moral da história: salvei o segurança do mini-preço, pratiquei a boa acção do dia, e acabei por não trazer gelado.... 


Vá, trouxe iogurte grego de morango da marca branca e areias, misturei tudo, estava fresquinho, e soube-me a ginjas!

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