quinta-feira, 25 de setembro de 2014

38 semanas e a contar.

Pois tenho andado uma baldas com o(s) blog(s), não tenho genica nenhuma para a blogosfera, estou naquela do "há já tanta porcaria por aí, que eu não ando aqui a fazer nada", mas o facto é que também não ando a fazer nada em mais nenhum sítio (só a crescer, evidentemente), e o farmville já me está a derreter os neurónios, pelo que vou mandar o raio da quinta ao ar, enquanto não chega o dia em que esteja a cavar numa quinta com as minhas árvores e os meus ESPARGOS!! e umas galinhas e umas cabrinhas, até porque se avizinha que, nos próximos tempos, os bocadinhos livres são para meter o sono em dia e mandar fotos de pais babados às avós e aos tios e aos"tios" emprestados....

Ora, resumindo esta coisa, assim numa de diário mensal (ganhei um nos meus anos, em Abril, para registar as maluqueiras todas, para depois a cachopa ver o que a casa gasta...), eis o que temos:

1º mês: não se dá por nada, é um facto, até ao dia em que, mais ou menos a fazer as contas, falta ali qualquer coisa, e as mamas ficam esquisitas. Quando bate, ficamos um bocado parvos, mas no bom sentido, do tipo sorrir para o nada, mesmo a passar por maluquinho dos carretos.

2º mês: estive com o turno da tarde lá no trabalho, o que quer dizer que era qualquer coisa das 14h às 23h, o que quer dizer que, em vez dos enjoos matinais, fui daquelas pessoas abençoadas com os enjoos ao final do dia, nomeadamente quando vinha a alta velocidade e aos solavancos no 36 para casa... Consegui não chamar o Gregório vez nenhuma, e muitas não têm a sorte de se poder gabar do mesmo. Nos entretantos, a minha sogra estava danada para ir visitar a família aos Estados Unidos, embicou que queria ir nos anos dela (em finais de Setembro...), nós estávamos para ir também, mas lá o marido arranjou uma desculpa mais ou menos convincente.
De referir que, de cada vez que a minha sogra me via, olhava para a barriga a ver se já lá estava alguma coisa (tipo, assim da noite para o dia) e perguntava quase sempre quando é que vinha aí um neto ou neta, e esta passou-lhe mesmo ao lado.....

3º mês: Lá contámos a novidade à família e no trabalho, 2 dias antes do prazo previsto, porque fui misteriosamente atacada por uma borbulhagem qualquer e tive de ir ao hospital levar uma injecção. No trabalho teve de ser, porque já se começava a notar a pancinha, e umas colegas (as tias adoptivas) já estavam assim a olhar-me de esguelha e a oferecerem-se para fazer coisas mais pesadas... Fica a simpática atitude da supervisora de serviço, que ainda me perguntou, apesar de eu já estar toda vermelha das borbulhas na cara, se eu não queria antes terminar o meu turno e ir depois às urgências...

4º mês: É daquelas fases em que a médica nos dá um caixote de vitaminas para tomar, nos manda fazer uma montanha de análises, lá passa uns comprimidos miraculosos para o enjoo, que também podemos dar aos cães, quando fazemos viagens longas, temos as tias a tentar adivinhar que aquelas duas bolinhas na ecografia são os testículos a descer, ainda conseguimos ir a um concerto dos Silence 4 (o primeiro a 3), ainda não nos arrastamos e podemos fazer caminhadas como antes, e em que a médica se passa porque temos gatas e eu não tenho nenhuma intenção de me "livrar" delas, apenas controlar os pêlos e os saltos nos lugares onde está a piolha indefesa (sim, porque estas gatas são doidas, eu já as conheço, além de que a destreza felina e o discernimento são ZERO, e isso inclui janelas só com uma greta aberta porque uma delas pode saltar à maluca, e velas apagadas porque a outra, mais felpuda, dá saltos suicidas para cima e chamusca o pêlo), além de que estamos a engordar 1,5 kg por mês, o que vai estoirar lá com a tabelinha irreal dos 10 quilos ao final da gravidez.
A médica veio com a história do "ah e tal vai fazer a  amniocentese, não vai?" e mete lá um ok (já estou nos 37), mas não explica à mãe de primeira viagem como é que, em termos práticos, a coisa funciona, o que lhe dá mais uma bruta camadona de ansiedade e pelo que a mãe vai ver à net - GRANDE ERRO!!! - e depois esclarece-se com a médica que iria fazer o exame. De forma simples e descomplicada, informa: se o bebé tiver alguma coisa incompatível com a vida, o organismo elimina-o (dasse!! estes médicos!), se for compatível com a vida, vocês decidem se querem continuar com a gravidez ou não. Obviamente, mandámos a amniocentese dar uma volta ao bilhar grande, voltei a conseguir dormir descansada e tive a confirmação de que esta gente é toda doida, falar numa coisa destas a pais que, desde que sabem que a coisita pequena lá está, tem vida e vai ser uma pessoa, nós só cá estamos para ajudar o melhor que pudermos.

5º mês: Já sabemos que é uma piolha, afinal as bolinhas não eram os testículos a descer, eram os ovários a ir lá para o sítio deles. É o delírio lá em casa: do lado dos meus sogros, há 2 filhos rapazes e um neto rapaz, do meu lado está mais equilibrado, mas já se sabe que estas avós são uma malucas pelas netinhas fofinhas com uma data de mariquices cor de rosa, e o meu irmão mais novo ajuda à festa. 
Já consigo sentir as primeiras mexidelas, o que é uma coisa assim do outro mundo. Ok, parecem gases, se não soubermos o que é, mas a coisita pequena cada vez se torna mais gente, já não está escondida dentro da barriga.
A pérola deste mês da médica foi "não toque na barriga, porque pode provocar contracções", o que é coisa para deixar uma mãe de primeira viagem nos píncaros da ansiedade até à consulta do próximo mês...

6º mês: Lá escolhemos o nome, lá continuamos a aproveitar para passear enquanto não rebolo, já tenho de arranjar roupa de mamã e arrumar as t-shirts que não sei quando me hão-de servir outra vez. A cachopa cá está feita peixinha no seu saco amniótico, a dar umas patadas e a cravar peças em sítios estratégicos, como aquele músculo aqui do lado direito, impossibilitando a mãe de rir, respirar à vontadex e de se mexer como as pessoas normais.

7º mês: A mamã de primeira viagem é apresentada à dor ciática e fica meio entrevada durante umas semanas, além de manifestar uma certa dificuldade durante a noite no passar da posição decúbito lateral esquerdo para outro decúbito lateral qualquer porque já estou farta de estar virada para este lado. Nesta altura, muitas outras mães informam (só agora, caray!!) que padeceram do mesmo, mas foi coisa que durou um mês, pelo que não deve ter sido uma ciática lá muito convincente, mas o facto é que as ancas desencaixaram-se e fiquei com um andar novo, salvo seja...

8º mês: Por esta altura, já está quase tudo mais ou menos alinhavado: já temos na casa da minha sogra o berço de uma prima, que já passou por mais não sei quantos bebés e vai passar por este também, ganhei a apetência por tirar fotos com abóboras, o assunto carrinho/ovo/alcofa está resolvido, bem como roupinhas para os próximos meses, mantas oferecidas e feitas por avós e amigas,  lençóis, coisas com gatinhos, lençóis, enfeites, botinhas, babetes, tudo enfeitado com felinos, coisas cor de rosinha e etcéteras. Comprei para aí uns 3 babygrows com animais, e uns babetes muito giros com os dias da semana e um animal em cada um. E livros de histórias...
Basicamente, desvairei-me na C e A, na H e M, na Modalfa, na Primark e numa lojinha lá em Torres Vedras que dá vontade de trazer TODA!! para casa. 
E hoje vi num blog um macacão de ganga de uma marca xpto igual ao que estava na Modalfa... mas 3 vezes!! mais caro...
Ainda não sei a diferença entre um babygrow para usar de dia e um de pijama, mas a piolha vai andar quentinha, prática e confortável (além de bastante maricas, graças às avós e às tias). Tenho ordens para não deixar a miúda sair do hospital sem levar na cabeça a fita oferecida pela prima L., mesmo que não tenha cabelo nenhum...

9º mês: Obrigaram-me a vir para casa. Não que não gostem de mim lá no trabalho, ou que já não estivessem a olhar com deleite a perspectiva de um parto no call center (descansem, temos pelo menos dois médicos e uma enfermeira de serviço!), mas porque a pessoa tem de descansar antes da criança nascer, já que depois tem de estar a 100% para a meia leca. Ainda apanhei um dia de greve de metro, o que quer dizer quase duas horas em pé ou encostada ao lancil (sim, há paragens sem bancos!) à espera de um autocarro que não parou, e eventual desistência, mas já me consegui habituar a fazer as coisas com mais calma e a meter o sono em dia.
A mala já está pronta, já foi vista e revista, já fomos conhecer a maternidade, já andamos nas andanças de "ctg's" e "toques", já fiz bolos porque é o que faço quando me aborreço em casa, já fiz o bolo de despedida e fui ter com os colegas do trabalho, já tirei fotos para o outro blog, agora é só esperar a data surpresa...
(só nervos, caray! hoje vou enfardar um cachorro cheio de ketchup, que é para me distrair!)

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