Há sinais, mas há que ver... serão fiáveis?
No metro, de manhã, apareceu um sul-americano com a sua flauta de beiços.
"Hey, nada mau!" - pensei eu, "Ao menos não vai cantar!"
(Todos nós sabemos como são os carochos no metro a cantar... nada contra, mas dói!)
Claro que quem estava à espera de doces e nostálgicas melodias peruanas, tirou logo daí o sentido.
Alto e bom som, o senhor começou a pifarar... Mariah Carey, e das mais lamechas, o "Hero", quando ela ainda era magra e idiotazinha.
Nem mp3 no máximo, nem tapar os ouvidos, nada nos valeu!
E o homem que não se ia embora!!
Acho que as pessoas todas que saíram na paragem seguinte foi para fugir disto!
Depois, à saída, um senhor idóneo, aparentemente normal.
Vestia calça caqui e polo azul escuro.
Usava cabelo curto, já a escassear à frente, de uma cor clara, e tinha uns discretos óculos. Não vi a marca.
Claro que achei estranho o senhor ter a calça subida pela zona das costelas, e a cintura bem demarcada por um cinto castanho. Também não vi a marca.
Foi tudo explicado quando o senhor se levantou e saiu à minha frente, com um requebro de mulata em pleno Cabo Verde, e que faz inveja a muito boa rapariga que por aqui anda com as carnes à mostra!
O que nos leva à questão seguinte, que foi vir a subir a rua e ter de parar para os meninos piquenos de um infantário entrarem para dentro de um autocarro de excursão.
Tudo muito normal, não fosse uma das auxiliares ser a irmã gémea da Ana Malhoa e ir trabalhar com o mesmo tipo de atavios, piercing no nariz e tudo!
E o que é mais espantoso é que os catraios, mesmo esticando as mãos, não conseguiam chegar à borda dos calções dela, e a moça ainda era uns 10 cm mais baixa que eu!
Acho que foi por causa destes sinais todos que ali a porra das natas se estão a recusar a subir, porque a entrevista correu muito bem e ainda consegui encaixar mais umas horitas no meu horário!
2 comentários:
Eu chorei a ler isto, pá! A rir, obviamente! Realmente, tens-te deparado com uma fauna jeitosa...
Dava para fazer um livro, só com as personagens que vemos nos transportes públicos!
Há que ter um espírito aberto!
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