Os únicos livros que li de forma encarneirada foram os do Harry Potter, e mesmo assim não foi logo.
Já tinha saído o terceiro quando, um dia, na biblioteca da escola onde estava a estagiar, a coisa chamou-me a atenção.
Claro que já conhecia a loucura que andava à volta daquilo mas, apesar de ser carneiro, não tenho o habito de seguir as outras ovelhinhas todas, só vou mesmo quando quero.
Lá resolvi começar pelo primeiro livro, é evidente, para seguir a história como deve de ser.
Obviamente, numa semana já tinha os três livros despachados, e conheci a profunda agonia que é ter de esperar sete ou oito meses até sair o próximo livro da colecção.
O que até nem tem o seu aspecto negativo, porque uma pessoa pode entreter o tempo a reler os livros, para a história estar mais fresquinha quando sair o novo, e não se perde tudo.
E, sim, fui daquelas pessoas que iam ao lançamento à meia noite na livraria-café lá da terra, e metia-me na fila juntamente com as little criancinhas que lá iam com as mesmas intenções.
Os livros do Harry Potter, creio, foram os que li mais vezes, e eu tenho a mania de reler uns quantos que tenho ali na prateleira: os do Júlio Dinis, do Eça e da Rosa Lobato Faria, os da Sarah Addison Allen, quase todos os da Joanne Harris, que também trago para casa assim que vão parar à prateleira da livraria, o Persuasion e a Jane Eyre.
Por isso, mentalizem-se, queridos novos êxitos literários, só lhes pego daqui a uns anos e, se forem tão bons como o lusco fusco, vão para aquela parte da prateleira para usar em situações de emergência, tipo falta de papel higiénico, acendalhas ou moca de Rio Maior para arremessar à cabeça de algum intruso mais atrevidote.
See my point?...
2 comentários:
Olha já eu nem ler esses desgraçados. Sou mais de facada e espichadela de sangue na parede. Já classicos...como o belo Fernando Pessoa...para ele arranjarei sempre tempo!
O Fernando Pessoa era um visionário!
E é incrível como o Eça se consegue manter actual.
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